Livro: O caso dos dez negrinhos, Agatha Christie. Por Raphael Cavalcante
A história começa quando oito pessoas aleatórias são convidadas para uma ilha, e logo descobrem a furada em que se meteram quando, um a um, todos começam a morrer.
Esse livro é uma obra-prima, a quantidade de personalidades e histórias é muito bonita de ver, e a autora manipula os personagens de tal forma que, depois de muito quebrar a cabeça com as pistas, percebemos que o manipulado é o leitor.
A obra toda segue um ritmo de tensão crescente, e o ambiente isolado traz uma sensação de desespero ao leitor. Diria que é melhor que muitos filmes de terror por aí, e as mortes podem até ser mais sombrias (hora do pesadelo, estou falando de você).
Além disso, é divertido acompanhar como, pouco a pouco, os personagens começam a desconfiar uns dos outros, desesperar-se e até enlouquecer.
O final é um show à parte, que não contarei aqui porque vale a pena conferir e deixar o livro fazer sua mágica.
Além de tudo, o ritmo é guiado por um poema que transcrevo abaixo:
Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou, e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, então ficaram oito;
Oito negrinhos vão a Devon em charrete;
Um deles quis ficar, então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, então ficaram seis;
Seis negrinhos de uma colmeia fazem brinco;
A abelha picou um, e então ficaram cinco;
Cinco negrinhos vão ao fórum, a tomar os ares;
Um deles foi julgado, então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos vão ao mar;
a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no zoológico.
E depois?
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando no sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho está sozinho, é só um;
Ele se enforcou, e não sobrará nenhum.
Esse livro é uma obra-prima, a quantidade de personalidades e histórias é muito bonita de ver, e a autora manipula os personagens de tal forma que, depois de muito quebrar a cabeça com as pistas, percebemos que o manipulado é o leitor.
A obra toda segue um ritmo de tensão crescente, e o ambiente isolado traz uma sensação de desespero ao leitor. Diria que é melhor que muitos filmes de terror por aí, e as mortes podem até ser mais sombrias (hora do pesadelo, estou falando de você).
Além disso, é divertido acompanhar como, pouco a pouco, os personagens começam a desconfiar uns dos outros, desesperar-se e até enlouquecer.
O final é um show à parte, que não contarei aqui porque vale a pena conferir e deixar o livro fazer sua mágica.
Além de tudo, o ritmo é guiado por um poema que transcrevo abaixo:
Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou, e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, então ficaram oito;
Oito negrinhos vão a Devon em charrete;
Um deles quis ficar, então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, então ficaram seis;
Seis negrinhos de uma colmeia fazem brinco;
A abelha picou um, e então ficaram cinco;
Cinco negrinhos vão ao fórum, a tomar os ares;
Um deles foi julgado, então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos vão ao mar;
a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no zoológico.
E depois?
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando no sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho está sozinho, é só um;
Ele se enforcou, e não sobrará nenhum.
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